Envie por e-mail		Versão para impressão

Hambali teria entrado em contato com a Al-Qaeda na década de 80

O suposto líder do grupo ativista islâmico Jemaah Islamiyah (JI), Hambali, planejava atacar uma reunião de cúpula de líderes mundiais marcada para outubro na capital da Tailândia, Bancoc, disse o primeiro-ministro tailandês, Thaksin Shinawatra.

Hambali, como ficou conhecido o indonésio Riduan Isamuddin, foi preso na segunda-feira na cidade tailandesa de Ayutthaya.

Acredita-se que o grupo Jemaah Islamiyah teria ligações com a rede Al-Qaeda, e seria o autor do atentado a bomba do ano passado em Bali, na Indonésia, entre outras ações violentas.

"Ele veio aqui com o objetivo de organizar um atentado terrorista", afirmou Thaksin Shinawatra.

Líderes mundiais

"A investigação apurou que estava sendo planejado um atentado contra a reunião de cúpula da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)", disse o primeiro-ministro tailandês.

Vinte e um líderes mundiais deverão participar do encontro, inclusive o presidente dos Estados Unidos, George Bush.

A CIA, o serviço de inteligência americano, apelidou Hambali de "Bin Laden asiático", dando um sinal da importância que os americanos dão para sua atuação.

Hambali está detido em local secreto, sob custódia americana.

Hambali viajou para o Afeganistão nos anos 80, onde ele teria sido recrutado pela Al-Qaeda – a rede extremista chefiada pelo dissidente saudita Osama Bin Laden, responsabilizada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Acredita-se que, nos últimos tempos, ele estivesse atuando como um elemento de conexão entre a Al-Qaeda e a JI.

Também especula-se que Hambali fosse o único representante do sudeste da Ásia a fazer parte do comitê militar da Al-Qaeda.

O presidente americano, George W. Bush, disse que Hambali "é um conhecido assassino", e que os Estados Unidos continuariam caçando seus inimigos um a um.

De acordo com Bush, "quase dois terços" dos líderes conhecidos da Al-Qaeda já foram capturados ou mortos.