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Promotores indonésios pedem 15 anos de prisão para líder islâmico
Promotores na Indonésia pediram uma pena de 15 anos de prisão para o religioso islâmico Abu Bakar Ba'asyir, suspeito de ser o líder espiritual do grupo militante radical Jemaah Islamiah (JI). Abu Bakar Ba'asyir responde a acusações de "alta traição" por sua suposta tentativa de derrubar o governo indonésio e por ter supostamente autorizado um atentado a bomba a uma igreja que matou 19 pessoas em 2000. A promotoria poderia ter pedido até prisão perpétua para Ba'asyir. O clérigo islâmico nega as acusações e afirma que o JI não existe. Vários governos, no entanto, acreditam que o grupo não apenas existe, como também é responsável pelo atentado a bomba em Bali no ano passado, que deixou centenas de mortos. Em entrevista antes da audiência desta terça-feira, Abu Bakar Ba'asyir disse que a CIA (agência de inteligência americana) está por trás do atentado de Bali e de um ataque semelhante ao Hotel Marriott na capital indonésia, Jacarta, na semana passada. "É para desacreditar o Islã", disse o clérigo à estação de rádio El-Shinta. A audiência foi realizada com forte esquema de segurança. Cerca de 150 policiais patrulhavam o edifício do tribunal. Abu Bakar Ba'asyir sorriu quando a promotoria anunciou a pena que pedia para ele. Seus partidários, que gritaram "Deus é Grande" antes da audiência, desafiaram ordens da polícia e ouviram o pedido de pena para Abu Bakar Ba'asyir em silêncio. O religioso islâmico não foi acusado de envolvimento nos atentados de Bali ou do Hotel Marriott. A promotoria acusa Ba'asyir de tentar enfraquecer o governo indonésio com o objetivo de transformar o país - a nação com maior população islâmica do mundo - em um Estado islâmico radical. Segundo correspondentes, a intenção dos promotores pode ser uma prova de que o governo da Indonésia quer acabar com os extremistas sem alienar a opinião pública. Al-Qaeda Em uma mensagem de sua cela na prisão na semana passada, Abu Bakar Ba'asyir disse que os muçulmanos deveriam lutar para impor as leis islâmicas sem temor de ser rotulados terroristas. As autoridades indonésias estabeleceram uma ligação entre o JI e a rede Al-Qaeda, alegando que membros do Jemaah Islamiah foram treinados pela rede de Osama Bin Laden no Paquistão e no Afeganistão. Pelo menos 33 supostos integrantes do JI estão sendo julgados ou aguardam julgamento para responder a acusações ligadas ao atentado em Bali, que matou 202 pessoas. O JI foi formado em meados da década de 1980 por dois religiosos indonésios. O principal objetivo do grupo é criar um Estado islâmico unificado no Sudeste Asiático. |
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