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Atualizado às: 07 de agosto, 2003 - 22h49 GMT (19h49 Brasília)
 
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Liberianos vibram com a chegada de força de paz à Monróvia
 
 
 
Liberianos saúdam tropas de paz
Liberianos saúdam tropas de paz

Os soldados nigerianos enviados à Libéria pelos países da África Ocidental, como parte de uma força de paz, realizaram nesta quinta-feira os primeiros patrulhamentos na capital Monróvia.

Eles haviam chegado ao país na segunda-feira, mas não tinham deixado o aeroporto. O correspondente da BBC na cidade, Barnaby Phillips, disse que milhares de pessoas foram às ruas saudar os soldados gritando "Nós queremos paz, chega de guerra".

Inicialmente, os soldados nigerianos estarão patrulhando a área controlada pelo governo, no sul e no leste da capital liberiana, antes de seguir para as áreas sob controle dos rebeldes.

Cerca de quatro semanas de intensos confrontos em Monróvia foram interrompidos desde a chegada dos cerca de 400 soldados da força de paz.

'Conspiração'

Enquanto isso, o Parlamento liberiano aprovou, em uma sessão de emergência, os planos do presidente Charles Taylor de renunciar e entregar o cargo ao vice Moses Blah na segunda-feira.

Charles Taylor havia planejado um discurso oficial durante a sessão, mas acabou enviando uma carta de três páginas, na qual fala de uma "conspiração internacional" contra ele.

"Por causa disso, eu, o presidente desta nobre república, não posso mais governar sobre o sofrimento e a humilhação do povo liberiano", afirmou.

Mais cedo, no entanto, Taylor havia dito em uma entrevista que por causa de preocupações em relação à segurança, ele não iria anunciar publicamente quando ele deixaria o poder e seguiria para a Nigéria, onde deverá receber asilo.

O presidente do segundo maior grupo rebelde liberiano – Model –, Thomas Nimely, disse à BBC que as forças leais a Taylor continuam a atacar a cidade portuária de Buchanan.

Crimes de guerra

Taylor havia dito em outras ocasiões que iria deixar o país e aceitar a oferta de asilo da Nigéria, mas um assessor do governo nigeriano afirmou que o presidente liberiano estaria esperando para que as acusações feitas contra ele pelo tribunal especial de Serra Leoa sejam retiradas.

O tribunal que investiga os dez anos de uma brutal guerra civil na Serra Leoa – com o apoio da ONU – já lançou um mandato de prisão contra Charles Taylor, acusado de ter participação no conflito.

A Libéria já pediu à Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, para que decida pela invalidade do mandato de prisão.

O líder do principal grupo rebelde do país – Lurd –, Sekou Damate Conneh, disse que as acusações devem ser retiradas, se isso fizer com que Taylor deixe o país.

Comida

Refugiados na capital Monróvia estão desesperados por comida, especialmente nas áreas controladas pelo governo, onde produtos como arroz estão custando 20 vezes mais do que nas área portuária controlada pelos rebeldes.

As condições de vida parecem estar um pouco melhor em áreas controladas pelos rebeldes porque eles têm estado distribuindo estoques de comida que estavam nos depósitos do porto, segundo relatos da agência de notícias AFP.

As equipes médicas, no entanto, têm permanecido nas áreas controladas pelo governo.

A ONU diz que um navio levando comida e equipamento deverá chegar à Monróvia quando a região portuária estiver segura.

Na terça-feira, os rebeldes prometeram aos soldados da força de paz que as agências de ajuda humanitária poderiam usar o porto para entregar comida, água e remédios.

 
 
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