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EUA negam acesso de sauditas a relatório do 11/9
Os Estados Unidos se recusaram a divulgar nesta terça-feira o trecho do relatório de 900 páginas sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 que diz respeito às supostas ligações da Arábia Saudita no caso. O levantamento do Congresso americano foi divulgado na semana passada e levanta suspeitas sobre o possível financiamento de alguns dos seqüestradores por pessoas ligadas ao governo saudita. No entanto, a seção de 28 páginas que detalha o caso foi censurada e permanece secreta, apesar da pressão crescente para a sua publicação e da especulação sobre o seu conteúdo. O governo de Riad desmentiu as alegações com veemência. Direito de defesa O país tem realizado operações de repressão a militantes extremistas e quer ter o direito de se defender contra as acusações do relatório. No entanto, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou que a divulgação do trecho censurado pode comprometer fontes e métodos da inteligência americana. "O governo da Arábia Saudita pediu a publicação das porções adicionais do relatório do inquérito sobre o 11 de setembro. Nós entendemos a preocupação deles", afirmou o porta-voz. "No entanto, não podemos concordar com o pedido agora por causa das investigações em andamento e de interesses de segurança nacional." O comunicado da Casa Branca foi divulgado no momento em que o ministro de Relações Exteriores saudita, o príncipe Saud Al-Faisal, foi a Washington para pressionar o presidente americano, George W. Bush, a liberar o trecho censurado. Sabe-se que 15 dos 19 seqüestradores envolvidos nos ataques de 11 de setembro eram sauditas, bem como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Senadores Vários senadores americanos também exigiram a publicação do trecho secreto, inclusive o presidente da comissão para inteligência do Senado, o senador democrata Bob Graham. "A divulgação do conteúdo completo permitiria que os americanos fizessem o seu próprio julgamento sobre quem são os amigos verdadeiros e aliados na guerra contra o terrorismo", disse Graham. Os sauditas têm se esforçado para demonstrar o seu compromisso com a luta contra o terror desde 2 de maio, quando militantes suicidas explodiram prédios em Riad, matando 34 pessoas. A última operação, na segunda-feira, resultou na morte de outros seis suspeitos de extremismo islâmico, além de dois policiais, durante um tiroteio no nordeste do país. Em entrevista ao jornal Asharq Al-Awsat, o ministro do Interior saudita, o príncipe Nayef Bin Abdul Aziz, disse que a maioria dos suspeitos receberam treinamento militar em campos da Al-Qaeda no Afeganistão. "Vamos eliminar os militantes do nosso país sem misericórdia para proteger os nossos cidadãos e defender o reino e seus interesses maiores", disse Aziz. |
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