BBCBrasil.com
70 anos 1938-2008
Español
Português para a África
Árabe
Chinês
Russo
Inglês
Outras línguas
 
Atualizado às: 29 de julho, 2003 - 20h38 GMT (17h38 Brasília)
 
Envie por e-mail Versão para impressão
EUA negam acesso de sauditas a relatório do 11/9
 
 
 
Príncipe Saud Al-Faisal, ministro de Relações Exteriores saudita
Ministro saudita foi a Washington para pressionar governo americano

Os Estados Unidos se recusaram a divulgar nesta terça-feira o trecho do relatório de 900 páginas sobre os atentados de 11 de setembro de 2001 que diz respeito às supostas ligações da Arábia Saudita no caso.

O levantamento do Congresso americano foi divulgado na semana passada e levanta suspeitas sobre o possível financiamento de alguns dos seqüestradores por pessoas ligadas ao governo saudita.

No entanto, a seção de 28 páginas que detalha o caso foi censurada e permanece secreta, apesar da pressão crescente para a sua publicação e da especulação sobre o seu conteúdo.

O governo de Riad desmentiu as alegações com veemência.

Direito de defesa

O país tem realizado operações de repressão a militantes extremistas e quer ter o direito de se defender contra as acusações do relatório.

No entanto, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou que a divulgação do trecho censurado pode comprometer fontes e métodos da inteligência americana.

"O governo da Arábia Saudita pediu a publicação das porções adicionais do relatório do inquérito sobre o 11 de setembro. Nós entendemos a preocupação deles", afirmou o porta-voz.

"No entanto, não podemos concordar com o pedido agora por causa das investigações em andamento e de interesses de segurança nacional."

O comunicado da Casa Branca foi divulgado no momento em que o ministro de Relações Exteriores saudita, o príncipe Saud Al-Faisal, foi a Washington para pressionar o presidente americano, George W. Bush, a liberar o trecho censurado.

Sabe-se que 15 dos 19 seqüestradores envolvidos nos ataques de 11 de setembro eram sauditas, bem como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Senadores

Vários senadores americanos também exigiram a publicação do trecho secreto, inclusive o presidente da comissão para inteligência do Senado, o senador democrata Bob Graham.

"A divulgação do conteúdo completo permitiria que os americanos fizessem o seu próprio julgamento sobre quem são os amigos verdadeiros e aliados na guerra contra o terrorismo", disse Graham.

Os sauditas têm se esforçado para demonstrar o seu compromisso com a luta contra o terror desde 2 de maio, quando militantes suicidas explodiram prédios em Riad, matando 34 pessoas.

A última operação, na segunda-feira, resultou na morte de outros seis suspeitos de extremismo islâmico, além de dois policiais, durante um tiroteio no nordeste do país.

Em entrevista ao jornal Asharq Al-Awsat, o ministro do Interior saudita, o príncipe Nayef Bin Abdul Aziz, disse que a maioria dos suspeitos receberam treinamento militar em campos da Al-Qaeda no Afeganistão.

"Vamos eliminar os militantes do nosso país sem misericórdia para proteger os nossos cidadãos e defender o reino e seus interesses maiores", disse Aziz.

 
 
NOTÍCIAS RELACIONADAS
 
 
LINKS EXTERNOS
 
A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo dos links externos indicados.
 
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
 
 
Tempo | Sobre a BBC | Expediente | Newsletter
 
BBC Copyright Logo ^^ Início da página
 
  Primeira Página | Ciência & Saúde | Cultura & Entretenimento | Vídeo & Áudio | Fotos | Especial | Interatividade | Aprenda inglês
 
  BBC News >> | BBC Sport >> | BBC Weather >> | BBC World Service >> | BBC Languages >>
 
  Ajuda | Fale com a gente | Notícias em 32 línguas | Privacidade