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Donald Trump venceu de forma surpreendente em Wisconsin em 2016, com uma pequena vantagem, basicamente com ajuda de eleitores em áreas rurais e de mulheres brancas da classe trabalhadora. Mas esse mesmo grupo ajudou a eleger um governador democrata dois anos depois - e Biden está na frente nas pesquisas.

Os eleitores de Wisconsin não aprovam as guerras comerciais de Trump que estrangularam as exportações dos produtores de laticínios, provocando queda dos preços e fechamento de fazendas.

O Estado foi palco de protestos violentos depois que um homem negro foi morto pela polícia na cidade de Kenosha. Republicanos alertam que se os democratas vencerem haverá mais violência e ausência da força da lei no Estado. Mas será que os eleitores de Wisconsin vão se convencer disso?

Donald Trump venceu em 2016 no Estado tradicionalmente republicano, mas sua margem de 4% foi muito menor do que a obtida por candidatos republicanos em pleitos anteriores. Desta vez, insitutos de pesquisa prevêem uma derrota de Trump para Biden.

O Estado do Grand Canyon tem uma população cada vez maior de hispânicos e muitos cidadãos urbanos ricos, que costumam votar nos democratas. O Estado também foi fortemente afetado pelo coronavírus, então muitos eleitores que reprovam a gestão de Trump sobre o vírus podem querer mudanças.

Mas as promessas de Trump de construir um muro na fronteira com o México e de ser mais rigoroso nos vistos de trabalhadores estrangeiros ainda podem render bons frutos nas urnas.

A Carolina do Norte era um forte reduto republicano antes de Barack Obama vencer por estreita maioria em 2008, mostrando que o estado não era tão vermelho, a cor republicana, como se pensava anteriormente, embora os democratas tenham perdido por uma pequena margem, em 2012.

Tanto Biden quanto Trump investiram milhões em propagandas no Estado para tentar ganhar votos, e o democrata lidera as pesquisas.

A Carolina do Norte é o primeiro Estado a distribuir votos pelo correio e registrou um número recorde de solicitações para se votar dessa forma - mais da metade é de eleitores registrados como democratas.

Trump conseguiu uma vitória apertada em 2016 com apenas 0,3% de vantagem sobre Hillary Clinton. O Estado, que possui uma classe trabalhadora tradicionalmente democrata, pôs fim a uma tendência de 28 anos ao escolher Trump, depois que ele prometeu fechar acordos comerciais que beneficiariam a indústria manufatureira.

Joe Biden, cujo pai era vendedor de carros, diz ter uma conexão profunda com Detroit e visitou muito o Michigan quando era vice-presidente. Ele chegou a considerar a popular governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, como companheira de chapa. Biden é visto como um candidato moderado, um perfil que sempre teve bom desempenho no Michigan.

Há quatro anos, os eleitores do oeste da Pensilvânia votaram para preservar seu modo de vida, que depende da indústria de energia, deixando de lado os democratas e escolhendo Donald Trump. Ele havia prometido proteger a indústria local de reformas no setor de carvão e de fraturamento hidráulico (essas reformas eram defendidas pelos democratas). Mas Trump cumpriu sua promessa?

O desemprego está perto dos dois digítos desde que começou a pandemia. Biden, que nasceu na cidade de Scranton (talvez mais famosa por ser a sede da empresa fictícia Dunder Mifflin Paper Company, da série de televisão The Office), é um rosto familiar para muitos no Estado, e isso pode ajudá-lo a vencer.

Uma coisa é certa na Flórida: as eleições aqui são sempre apertadas. O Estado pode ser o segundo lar de Donald Trump, mas sua vitória na última eleição não foi por aclamação.

É difícil prever o resultado na Flórida, porque a diversidade e a mobilidade da população são enormes. A população hispânica tende a ser republicana, mas há muitos eleitores democratas em cada condado. Aposentados são outro grande grupo de eleitores e eles costumam comparecer nas urnas em peso. Os mais jovens, que costumam ser mais democratas, estão se multiplicando. E eleitores suburbanos têm se distanciado do partido republicano.

Fique de olho nos resultados da Flórida: tirando 1964, todos os vencedores do Estado acabaram chegando à Casa Branca.

A Geórgia votou de forma consistente em favor dos republicanos em todas as eleições desde 1960, com exceção de duas ocasiões. Mas ainda assim Biden acredita que neste ano ele tem chances. Os democratas apostam no apoio dos eleitores negros, que compõem pelo menos um quarto do eleitorado no Estado.

Sobre assuntos raciais, Biden está muito na frente de Trump nas pesquisas. Os protestos do Black Lives Matter mobilizaram a atenção nacional este ano, e a juventude da Geórgia tem liderado demonstrações fora das cidades grandes.

Mas Trump está se colocando como o candidato da lei e da ordem, o que pode atrair eleitores brancos e conservadores, que geralmente determinam as tendências no Estado.

Mas tudo depende de quem comparecer às urnas no dia da eleição.