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Como nadar com botos na Amazônia ajudou menino sem braços
Leonardo Souza, de 21 anos, nasceu sem os braços e com pernas de comprimentos diferentes.
Nadar com botos na Amazônia deu a ele um novo senso de independência.
Antes de começar a fazer isso, aos 7 anos, ele precisava ser carregado no colo.
Desde então, passou a andar. Também passou na prova da auto-escola.
“Rapaz, foi uma sensação de que ninguém me segurava mais. Sou habilitado. Posso ir aonde quiser no território nacional”, diz Leonardo.
Ele é um dos alunos de Igor Simões, que oferece a bototerapia desde 2005.
“A gente trabalhou com o Leo nadar como golfinho. De tanto imitar o boto, uma hora ele levantou e ficou em pé sozinho e pensou: ‘Pô, isso é fácil’. Aí ele foi se fortalecendo e não caiu mais”, diz Simões.
Ele já trabalhou com cerca de 600 crianças, muitas delas portadoras de deficiência como Leonardo.
“Para um cadeirante, é maravilho, porque ele estica as pernas”, diz Simões.
“Na interação com os botos, eles veem uma coisa diferente. Vejo se o olho deles está brilhando. Se estiver, eu fiz alguma coisa (para ajudar).”
Leonardo diz que considera os botos mais do que seus amigos. “Vou passear com eles, a gente brinca de bola e tudo. Nossa relação é de irmãos. Eles sempre me ajudaram, né?”
A mãe de Leonardo diz que ele costumava ficar bastante nervoso, mas se acalmou após começar a bototerapia, além de ter desenvolvido suas capacidades motoras.
“O Leo é o orgulho da nossa família. É um exemplo de vida, de superação”, diz Cleonice de Souza.
Reportagem e imagens: Gibby Zobel
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