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Atualizado às: 07 de janeiro, 2005 - 12h38 GMT (10h38 Brasília)
 
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Cientistas isolam gene de epilepsia em cachorros
 
Cachorro com óculos de sol
O uso de óculos de sol pode ajudar a controlar a epilepsia em cachorros
Cientistas britânicos e canadenses identificaram um gene associado à epilepsia em cachorros.

A descoberta permitiu o desenvolvimento de um exame que deve ajudar os donos a prevenir a doença.

A identificação do gene também pode ajudar os especialistas a entenderem mais sobre a forma mais grave da doença a atingir os seres humanos, conhecida como Lafora, bem como outros distúrbios semelhantes.

A pesquisa desenvolvida no Hospital para Crianças Doentes, em Toronto, no Canadá, foi publicada na revista Science e é um exemplo de como os projetos de seqüenciamento do genoma humano e de cachorros pode beneficiar ambas as espécies.

Os pesquisadores estão comparando e contrastando o código genético dos humanos com o de outros animais para tentar descobrir a causa genética de várias doenças.

Sol

Os pesquisadores analisaram um tipo de cachorro bassê puro-sangue e perceberam que a epilepsia era causada por uma mutação no gene EPM2b, que impedia a produção adequada de uma certa proteína.

No Reino Unido, os cientistas acreditam que cerca de 5% da raça analisada tenha a doença. Em pelo menos 25% dos casos, a epilepsia ocorre devido ao gene defeituoso.

Os donos dos cachorros normalmente começam a perceber o problema quando eles têm em torno de seis anos de idade.

Apesar de não ter cura, a epilepsia canina pode ser controlada com uma dieta específica e remédios.

"Esses animais podem ter ataques em resposta a coisas específicas, como um movimento repentino em seu campo de visão", diz a veterinária Clare Rusbridge, co-autora do estudo.

"Eles também podem ter ataques quando há a presença de luzes piscantes - essa é uma das formas de epilepsia fotossensível. Uma das maneiras mais simples de combater isso é o uso de óculos de sol nos cachorros."

Humanos

Se os cachorros podem viver normalmente com a mutação do gene EPM2b, o mesmo não acontece com pessoas que sofrem da epilepsia Lafora.

Essa é a forma mais crônica de epilepsia que começa a se desenvolver na adolescência. Ela piora progressivamente e normalmente resulta na morte do paciente alguns anos depois do diagnóstico.

"Em termos de freqüência, essa forma da doença é muito rara, mas é horrível", diz Berge Minassian, cujo grupo de pesquisa já identificou dois genes defeituosos relacionados à Lafora. "Os ataques ficam mais freqüentes e crônicos com o passar do tempo, e em um ou dois anos eles ficam incontroláveis."

Há uma grande esperança entre cientistas de que cachorros puro-sangue possam oferecer a oportunidade de localizar rapidamente genes defeituosos que seriam muito mais difíceis de localizar em seres humanos.

Os pesquisadores do hospital em Toronto já estão procurando por outras instâncias em que haja mutação genética em cachorros que também possam causar doenças.

 
 
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