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Atualizado às: 06 de maio, 2004 - 13h06 GMT (10h06 Brasília)
 
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Estudo reforça teoria do aquecimento global
 
Antártica
A temperatura na atmosfera estaria esquentando como na superfície
Cientistas nos Estados Unidos divulgaram uma nova e importante pesquisa que confirmaria a veracidade do fênomeno do aquecimento global, ou elevação da temperatura média do planeta.

Satélites americanos descobriram que a temperatura na chamada atmosfera baixa (troposfera) do planeta Terra está aumentando em graus semelhantes à da superfície da Terra.

A descoberta faz com que caia por terra o argumento dos mais céticos em relação às mudanças climáticas.

Os cientistas da Universidade de Washington, em Seatle, e da Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos, nos Estados Unidos, afirmam ter encontrado um erro fundamental na forma com a qual pesquisas anteriores sobre o efeito estufa interpretavam os dados de satélite relacionados à temperatura atmosférica.

Diferenças

Os dados de antes sugeriam que a temperatura da atmosfera baixa mantinha-se constante, enquanto que somente a da superfície da Terra aumentava.

Os pesquisadores afirmam que, na verdade, os cientistas estavam errados ao interpretarem os dados porque misturavam a temperatura da troposfera com a de camadas mais superiores da atmosfera.

O fato de a temperatura está variando também na atmosfera, e não apenas na superfície da Terra reforça a idéia de que o aumento da temperatura média do planeta é provocado pelos seres humanos e não por fênomenos naturais e cíclicos como a Era do Gelo.

Os novos cálculos foram publicados na revista científica Nature.

Segundo o correspondente de ciência da BBC, Richard Black, as descobertas resolvem um grande paradoxo na pesquisa sobre as mudanças climáticas.

A interpretação de que os dados de satélite estavam errados, e que o aquecimento global existe e é mais grave do que se imaginava, ocorre em um momento no qual céticos em relação às mudanças climáticas encontram-se mais poderosos politicamente do que nunca.

Governos dos Estados Unidos, da Rússia e da Austrália (países que emitem grandes quantidades de gases que contribuem para o efeito estufa) já deixaram claro as suas opiniões de que ainda falta muito para o aquecimento global ser comprovado cientificamente.

Isso ameaça, por exemplo, o Protocolo de Kyoto, que ainda não saiu do papel. O protocolo previa que os países mais industralizados diminuissem as suas emissões de gases.

Segundo Richard Black, os céticos continuarão tentando argumentar contra a teoria do aquecimento global. Mas, com esse estudo, os argumentos ficam mais difíceis.

 
 
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