|
Estudo reforça teoria do aquecimento global | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Cientistas nos Estados Unidos divulgaram uma nova e importante pesquisa que confirmaria a veracidade do fênomeno do aquecimento global, ou elevação da temperatura média do planeta. Satélites americanos descobriram que a temperatura na chamada atmosfera baixa (troposfera) do planeta Terra está aumentando em graus semelhantes à da superfície da Terra. A descoberta faz com que caia por terra o argumento dos mais céticos em relação às mudanças climáticas. Os cientistas da Universidade de Washington, em Seatle, e da Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos, nos Estados Unidos, afirmam ter encontrado um erro fundamental na forma com a qual pesquisas anteriores sobre o efeito estufa interpretavam os dados de satélite relacionados à temperatura atmosférica. Diferenças Os dados de antes sugeriam que a temperatura da atmosfera baixa mantinha-se constante, enquanto que somente a da superfície da Terra aumentava. Os pesquisadores afirmam que, na verdade, os cientistas estavam errados ao interpretarem os dados porque misturavam a temperatura da troposfera com a de camadas mais superiores da atmosfera. O fato de a temperatura está variando também na atmosfera, e não apenas na superfície da Terra reforça a idéia de que o aumento da temperatura média do planeta é provocado pelos seres humanos e não por fênomenos naturais e cíclicos como a Era do Gelo. Os novos cálculos foram publicados na revista científica Nature. Segundo o correspondente de ciência da BBC, Richard Black, as descobertas resolvem um grande paradoxo na pesquisa sobre as mudanças climáticas. A interpretação de que os dados de satélite estavam errados, e que o aquecimento global existe e é mais grave do que se imaginava, ocorre em um momento no qual céticos em relação às mudanças climáticas encontram-se mais poderosos politicamente do que nunca. Governos dos Estados Unidos, da Rússia e da Austrália (países que emitem grandes quantidades de gases que contribuem para o efeito estufa) já deixaram claro as suas opiniões de que ainda falta muito para o aquecimento global ser comprovado cientificamente. Isso ameaça, por exemplo, o Protocolo de Kyoto, que ainda não saiu do papel. O protocolo previa que os países mais industralizados diminuissem as suas emissões de gases. Segundo Richard Black, os céticos continuarão tentando argumentar contra a teoria do aquecimento global. Mas, com esse estudo, os argumentos ficam mais difíceis. |
| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||