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Atualizado às: 18 de março, 2004 - 22h21 GMT (19h21 Brasília)
 
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Autodidata cria robô-macaco pioneiro em sua garagem
 

 
 
O robô Lucy e seu criador, Steve Grand
Steve Grand montou Lucy em sua garagem
Em um dia de sorte, Lucy pode distinguir uma banana de uma maçã.

E essa é uma habilidade muito útil se você é um orangotango. Mesmo um robô-orangotango.

Pode não parecer muito esperto para um humano como você ou eu, mas representa um trabalho pioneiro no campo da inteligência artificial.

E todo o trabalho se resume a um autodidata que não tem nem curso superior, mas que há anos se dedica sozinho a pesquisas na garagem de sua casa.

Autodidata

Steve Grand, um pesquisador honorário da Escola de Psicologia da Universidade de Cardiff, no País de Gales, conquistou uma reputação dentro do universo da inteligência artificial.

Trata-se de um ramo da ciência que, para muitos, significa o temor de robôs superespertos, como Frankenstein ou C3PO, tomando o lugar de pessoas de carne e osso.

O cientista autodidata criou um dos mais avançados cérebros-robôs do mundo.

Seu "bebê", Lucy, pode não ser grande coisa de se ver, mas talvez represente o melhor exemplo já visto do quanto podemos fazer computadores pensarem por si próprios, uma das mais avançadas formas de inteligência artificial existentes.

Segundo Grand, isso não está muito longe de acontecer.

 Estou começando a desvendar os elementos que formam o mistério da inteligência artificial
 
Steve Grand

Cinco PCs

Em uma palestra na Universidade de Cardiff, o cientista de 46 anos explicou que Lucy tem cinco computadores domésticos trabalhando para ajudá-la a tomar decisões.

Mas a criatura ainda tem dificuldades em ver coisas que as pessoas, ou qualquer ser com um cérebro de mamífero, enxerga com clareza. Como a diferença entre uma banana e uma maçã.

"Acho que estou começando a desvendar os elementos que formam o mistério da inteligência artificial", disse Grand.

"Por exemplo, os cérebros servem para predizer as coisas. Isso é muito importante se trata-se de um animal de rápida movimentação. Mas o modo como a mente faz isso, desde os ratos até os elefantes, ainda é algo que frustra a ciência."

Sorte e dinheiro

No "único olho que funciona" de Lucy, Grand colocou uma câmera digital que permite ao cérebro do robô interpretar imagens da forma mais parecida possível com a mente humana.

Depois de anos de tentativas e erros, Lucy agora pode distinguir um objeto comprido e amarelo de outro redondo e vermelho. Em um dia de sorte.

O dias de azar ocorrem, em geral, por falta de verbas para mais equipamentos e experiências.

Grand até conseguiu uma bolsa de um ano para o projeto, mas recusou porque prefere trabalhar por conta própria e não estar ligado a uma instituição.

Mas apesar de seu estilo arredio, sua estrela está brilhando.

Grand agora trabalha na criação de Lucy 2, "irmã" da original.

Talvez consiga até transformar sua pesquisa em um negócio de família, já que seu filho está fazendo doutorado na Universidade de Cardiff.

 
 
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