Um estudo realizado por cientistas nos Estados Unidos concluiu que os prejuízos ambientais provocados pelo acidente do petroleiro Exxon Valdez na costa do Alasca, há 14 anos, foram piores do que se previa.
O levantamento, divulgado pela revista Science, diz que quantidades significativas de petróleo que vazaram do navio estão sedimentadas no fundo do oceano.
Esse petróleo continuaria envenenando mariscos e animais marinhos que se alimentam dos crustáceos.
Ainda segundo o estudo, as populações de focas e de patos que habitam a região onde ocorreu o acidente ainda não se recuperaram completamente dos efeitos do acidente.
Focas e patos
O acidente com o Exxon Valdez, em 1989, causou um dos maiores derramamentos de petróleo da história.
Cerca de 41 milhões de litros foram derramados perto do Alasca, afetando cerca de 2 mil quilômetros de costa.
De acordo com o analista científico da BBC Richard Black, o estudo revela que a população de focas na região ainda corresponde à metade de antes do acidente, e várias espécies de patos se tornaram mais raras.
Além disso, a concentração de componentes químicos tóxicos do petróleo continuaria alta o suficiente para causar danos às ovas dos peixes nativos.
Black acredita que as conclusões do estudo devem causar preocupação não só nos Estados Unidos, mas também em outros países que já sofreram os efeitos de grandes derramamentos de petróleo, como a Espanha.