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Enzima repara danos causados pelo cigarro

Cientistas israelenses afirmam ter descoberto por que apenas parte dos fumantes desenvolve câncer de pulmão.

Embora o cigarro seja a principal causa da doença, apenas 10% dos fumantes a desenvolvem - um desvio estatístico que levou os cientistas israelenses a estudar o assunto.

Experimentos feitos no Instituto de Ciências Weizmann mostraram que pessoas que têm grande quantidade de uma determinada enzima - batizada de OGG - reagem melhor aos danos que o cigarro causa às células do organismo.

Pessoas que têm níveis menores da substância regenerativa teriam até 120 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão.

Células

Entre os fumantes, os que têm baixos níveis de OGG seriam de cinco a dez vezes mais propensos a contrair a doença do que os fumantes que têm a enzima em abundância, diz o estudo, que foi publicado no jornal do Instituto Nacional do Câncer de Israel.

Segundo Zvi Livneh, médico que conduziu as pesquisas, isso sugere que a dificuldade em reparar as células destruídas pelo cigarro leva ao desenvolvimento do câncer de pulmão.

A equipe de Livneh acompanhou 136 pessoas, metade delas com câncer de pulmão.

Segundo os cientistas, a presença da enzima pode ser detectada em um simples exame sanguíneo.

Se os resultados do estudo forem confirmados, ficará provado que existe uma predisposição genética ao câncer de pulmão, o que explicaria por que apenas uma porcentagem dos fumantes desenvolve a doença.

O estudo abre a possibilidade de pessoas com maior propensão ao câncer de pulmão pararem de fumar ao saber do que risco que correm.

Por outro lado, há o temor de que aqueles que têm altos níveis de OGG ajam como se fossem “indestrutíveis”.

O câncer de pulmão é um dos tipos mais comuns da doença, provocando 30% das mortes causadas por câncer em todo o mundo.

Cerca de 90% dos pacientes hospitalizados por câncer de pulmão são fumantes.