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Atualizado às: 14 de agosto, 2003 - 13h50 GMT (10h50 Brasília)
 
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Aspirina pode servir para tratamento do câncer, diz estudo
 
 
 
Aspirina
A aspirina também pode ajudar no tratamento de doenças cardíacas e derrames

Cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer na capital britânica, Londres, dizem que a aspirina pode ser usada no tratamento de determinados tipos de câncer.

Os pesquisadores afirmam que o medicamento pode ajudar a reduzir inflamações no organismo, que causam alguns desses cânceres.

O estudo, publicado na revista científica Nature, reforça evidências de que um simples analgésico pode ser usado para combater uma ampla gama de doenças.

Estudos anteriores sugeriam que a aspirina, que existe há mais de cem anos, pode ajudar no tratamento de males como doenças cardíacas e derrame.

Câncer raro

Nesse mais recente estudo, os cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres examinaram uma forma rara de câncer chamada cilindromatose.

Esse tipo de câncer leva à formação de tumores na forma de cogumelos que crescem no couro cabeludo e outras partes do corpo cobertas com pelos.

Os tumores são benignos, mas podem causar desfiguramento e muito desconforto no paciente e podem, eventualmente, transformar-se num câncer letal.

A síndrome tem origem genética. Os portadores de uma versão danificada do gene CYLD têm maior risco de desenvolver a doença.

O Professor Alan Ashworth e seus colegas do instituto descobriram que um defeito nesse gene faz com que o corpo não responda de maneira normal a doenças ou tecidos lesados.

O corpo não consegue reduzir a inflamação que pode ocorrer como resultado de doenças e tecidos lesados.

Na verdade, o organismo tende a reagir com maior intensidade do que o necessário, o que pode provocar tumores grandes, característicos da cilindromatose.

Isso ocorre porque o corpo não consegue manter uma molécula-chave, chamada NF-kappaB, sob controle. Essa molécula se torna hiperativa em vários tipos de câncer, inclusive de algumas formas de câncer de mama.

Os cientistas acreditam que drogas antiinflamatórias como a aspirina podem oferecer uma solução para esse problema, contrabalançando os efeitos dessa molécula.

Os pesquisadores planejam agora aplicar os resultados do estudo em todos os pacientes com cilindromatose.

"Nós acreditamos que medicamentos antiinflamatórios podem ser espalhados sobre os tumores na forma de gel a fim de reduzir o tamanho deles ou, talvez, podem ser dados a pacientes mais jovens antes que eles comecem a manifestar a doença. Seria uma aplicação preventiva", disse o Professor Ashworth.

Os cientistas acreditam que a aspirina pode ajudar a combater outros tipos de câncer também, mas, primeiro, ele acha necessário que se conheça melhor os efeitos da ação inflamatória nos pacientes.

 
 
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