O sucesso eleitoral de Carlos e Renan Bolsonaro, vereadores mais votados em suas cidades

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Dois dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos e Renan, foram eleitos como os vereadores mais votados nas cidades em que concorreram.
Carlos Bolsonaro (PL), que é vereador no Rio de Janeiro desde 2001, foi reeleito nas eleições municipais de 2024 com mais de 130 mil votos.
Este é o maior número de votos que ele já obteve nas sete eleições em que já concorreu.
Jair Renan Bolsonaro (PL), de 26 anos, concorreu a uma eleição pela primeira vez neste ano e foi o vereador mais votado na cidade de Balneário Camburiú, com 3 mil votos.
Renan se mudou em 2023 para a cidade, onde seu pai teve 74,6% dos votos em 2022, já com o objetivo de concorrer ao cargo.
Embora ele próprio não tenha podido concorrer por ter sido declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, Bolsonaro costurou a campanha do filho mais novo e também apoiou a de Carlos.
Assim como Renan, Carlos também teve a primeira candidatura, em 2000, lançada pelo pai.

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Investigações criminais
As suspeitas de crimes pelos quais Carlos é investigado pela Polícia Federal (PF) não afetaram a votação do filho "02" de Bolsonaro.
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Com 130 mil votos, esta foi a eleição em que ele obteve melhor desempenho nas sete que concorreu e venceu.
A investigação da PF é sobre ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Bolsonaro.
A PF investiga possível atuação ilegal do órgão durante o comando de Alexandre Ramagem (PL), que concorreu à prefeitura do Rio de Janeiro (e perdeu para o atual prefeito, Eduardo Paes).
A suspeita é de que uma organização criminosa teria funcionado dentro da Abin para monitorar adversários da família Bolsonaro e proteger filhos do então presidente de investigações.
Ramagem é muito próximo da família Bolsonaro, em especial de Carlos.
O gabinete de Carlos não respondeu a nenhum dos pedidos de resposta enviados pela BBC News Brasil neste ano.
Renan também se tornou réu em um processo criminal em 2024 por suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Segundo investigação policial, Renan e seu sócio, Macial Alves, teria inflado lucros de sua empresa de eventos para garantir empréstimos bancários.
A defesa de Renan alegou que ele foi vítima de um golpe e que esclareceria os fatos no decorrer do processo.















